O Silêncio do Desamparo - Sonia Salim
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Claude Monet
O vazio do abandono tomou conta de mim
jogando-me na escuridão do isolamento
quando caíram todas as lágrimas
Diante da grande decepçã...
(Fernando Pessoa)
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terça-feira, 5 de julho de 2011
TOCA-ME
TOCA-ME
Toca-me, como quem toca o piano!
Estuda a partitura
e, entre bemóis e sustenidos,
dedilha as minhas teclas com doçura.
Lê as notas cuidadosamente.
Percebe a harmonia e o ritmo
e, entre tons e semitons,
Invade o meu íntimo.
Toca-me como quem toca violino!
Alisa minhas cordas com teu arco,
roça minhas curvas com maestria,
deixando soar vibrante melodia.
Toca-me pianíssimo por sob a
lingerie preta de que tanto gostas.
Escreve com teus dedos em meu corpo
o mais belo poema de amor.
Entre suspiros e ais, toca-me!
Delicadamente, beija-me com carinho,
envolve-me com toda ternura,
como se eu fora... verdadeiramente tua.
E à espera do allegro triunfale
liquefeita me faço!
Toca-me...
©Verluci Almeida & Maria Goreti Rocha
110107
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Um comentário:
Lindo poema!
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